O Modelo de Tensão de Caráter Expansivo – 1a. Parte

III.1 – O Modelo de Tensão de Caráter Expansivo

1ª. Parte

Uma onda luminosa potente origina no meio que atravessa uma pressão suficientemente grande, devido à qual o meio se densifica e, portanto, aumenta o índice de refração do espaço local onde atua essa radiação potente. Dessa maneira, esse trabalho considera indescartável numa melhor explicação para o desvio da luz, previsto por Einstein7 e mais tarde comprovado, a óptica do efeito. O modelo puramente mecânico considera que o feixe viajante, ao interagir com um “campo de atração gravitacional”, sofre pela ação deste um desvio mecânico atribuído à natureza dual da luz: onda-partícula. Acreditamos ser mais arrazoada a idéia de que sendo uma estrela potente emissora de radiação, seja qual for a sua natureza, a pressão exercida no meio em sua vizinhança (que só se verifica porque o meio responde com uma reação) causaria suficiente densificação do mesmo, a qual, conseqüentemente, provocaria uma mudança local do índice de refração desviando o feixe de luz viajante, ainda que com uma pequena contribuição no efeito total.

Na prática, se chamamos N1 o índice de refração do meio exterior e N2 a distorção local, ou seja, o índice de refração interno à distorção, significará o seguinte:

· Ao sair do meio interno para o externo, o feixe sofrerá novo desvio;

· Uma fonte oculta, para observação direta, terá diferentes posições para observadores colocados ao longo da direção radial do campo local.

No desdobramento das idéias aqui apresentadas, a luz assume um papel mais importante do que um simples ente físico itinerante, ou uma simples sonda, neste semi-universo que conhecemos. A luz é o ente físico das mutações entre dois universos que coexistem, é a porta que descerra o oceano infinito da essência universal. Sendo assim, este ente físico, nossa nave, só pode manifestar-se aos nossos olhos, ou produzir os resultados da nossa observação, através de duas maneiras nem sempre separáveis: interagindo com o seu meio de propagação, ou assumindo o caráter dual. Sobre o caráter dual da luz, o gênio de Einstein deixou-nos as evidências, cabendo ao experimento ou mesmo ao acaso a comprovação de suas previsões. Contudo, nem sempre é possível separar aquilo que reputamos como comportamento dual da luz, da sua interação mera e simples com a matéria. Essa interação segue vários processos conhecidos tais como a reflexão, a refração ou, de uma maneira geral, processos de espalhamento elástico e inelástico, onde se incluem efeitos como o fotoelétrico. Não se pretende esgotar aqui os tópicos da física contemporânea, tampouco reformulá-la. Pretende-se, entretanto, discutir certas idéias que, antes de contestar, objetivam dar contribuição à conciliação de conceitos conflitantes ou, até hoje, inconciliáveis.

Os processos de interação da luz com os meios cristalinos classificam as estruturas, segundo a simetria, em três grandes grupos:

· Cristais de classe superior (isotrópicos), nos quais a luz se propaga com a mesma velocidade em todas as direções. Esses cristais apresentam uma indicatriz óptica esférica, isto é, a luz plano polarizada encontra os mesmos índices de refração em suas direções de propagação;

· Cristais de média classe (anisotrópicos), que apresentam como indicatriz óptica um elipsóide biaxial. Estes cristais são uniaxiais no que respeita à passagem da luz, isto é, apresentam o fenômeno da birrefringência ou diferentes índices de refração ou velocidades de propagação para a luz ortogonalmente polarizada, exceto numa única direção chamada eixo óptico, segundo a qual as secções retas apresentam geometria circular;

· Cristais de classe inferior (anisotrópicos), que apresentam como indicatriz óptica um elipsóide triaxial. Sendo assim, esses cristais são biaxiais no que respeita à passagem da luz, isto é, apresentam o fenômeno da birrefringência em todas as direções, exceto segundo seus dois eixos ópticos, em cujas direções o seu comportamento é o de um meio isotrópico, tendo como secção reta da indicatriz óptica a geometria circular.

O Modelo de Tensão de Caráter Expansivo – 2a. Parte.

N.Perelomova, M. Taguieva – Problemas de Cristalofísica – Ed. Mir, 1975 – Moscou – URSS.

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Por muccamargo

Físico, Mestre em Tecnologia Nuclear USP/SP-Brasil, Consultor de Geoprocessamento, Estudioso do Budismo desde 1987.

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