Nas montanhas, rios e vales íngremes,
nos profundos recessos,
lá crescem as gramas, árvores e ervas,
tanto as grandes como as pequenas,
as sementes, brotos e plantas,
a cana-de-açúcar e a uva do vinho;
todas são nutridas pela chuva,
e nunca falham em tornarem-se ricas.
Quando o solo ressequido é embebido,
as ervas e árvores florescem juntas.
Emanando daquela nuvem,
a água de um único sabor umedece as gramas,
árvores e florestas.
Cada uma, de acordo com a sua medida,
todas as árvores grandes, médias ou pequenas,
de acordo com o seu tamanho,
podem crescer e desenvolver-se.
Quando encontradas por aquela singela chuva,
as raízes, troncos, galhos e folhas,
flores e frutos com seu brilho e cor,
todos são refrescados e limpos.
De acordo com a sua substância,
características e natureza,
sejam grandes ou pequenas,
elas igualmente recebem a umidade,
e cada uma floresce.
O Buda, da mesma forma,
manifesta-se neste mundo como uma grande nuvem,
recobrindo todas as coisas.
Uma vez no mundo,
em prol dos seres viventes,
ele discrimina e expõe a realidade de todos os Fenômenos.