Estávamos num grande salão imperial, finamente decorado e muito amplo, aguardando o início de uma cerimônia ou algo assim. Ao meu lado, estavam algumas pessoas conhecidas, dentre elas a Norma e a Rita de Cássia, minhas sobrinhas.
Num dado momento, ao som de tambores, começamos todos a recitar o mantra.
Namu-Myoho-Rengue-Kyo,
Namu-Myoho-Rengue-Kyo,
Namu-Myoho-Rengue-Kyo.
Essa recitação, cadenciada ao som dos tambores, foi se intensificando, até que, do lado sudeste do grande salão, um grupo de figurantes em desfile adentrou o local. Eram muitos, fina e delicadamente trajados que, usando máscaras orientais, dançavam rodopiando ao som dos tambores e do cântico do mantra.
Namu-Myoho-Rengue-Kyo,
Namu-Myoho-Rengue-Kyo,
Namu-Myoho-Rengue-Kyo.
Seus trajes celestiais eram leves, como feitos de seda que, ao movimento dos seus passos de dança, esvoaçavam preenchendo todo o espaço com múltiplas cores. Havia dosséis, estandartes e mantos esvoaçantes compondo a evolução do grupo; brilhos e cintilações no ar de beleza indescritível.
Então, um daqueles figurantes, sempre girando, se aproximou bastante e, através da sua máscara, sinalizou com um dos olhos e sorriu discretamente. Depois, sem cessar os seus movimentos rodopiantes da dança, afastou-se.
Eu me sentia encantado, já totalmente envolvido pelo som dos tambores e do mantra em recitação; pelos movimentos e pelas cores da cena; brilhos e trajes esvoaçantes.
Acordei em 19/09/2008, às 02:00 horas. Isto veio a ocorrer nesta semana em que comemoro os vinte anos de realização do Tozan.
Marcos Ubirajara.
Ver também Taissekiji, Meus Vinte Anos de Tozan.
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