2ª. Parte
Existem evidências de que a luz apresenta constância na velocidade de propagação em todas as direções no meio ao qual nos referimos como “vácuo absoluto”. De acordo como modelo que estamos construindo, e sendo a luz o nosso observador, essa constância não é uma propriedade da luz, mas do meio. Conseqüentemente, o que a Física convencionou chamar de “vácuo absoluto” é o nosso Cristalino, onde as influências de distorções locais como manifestações materiais estejam ausentes. Quanto à simetria do Cristalino, se cúbica ou rômbica, a propagação da luz nos revelaria tais propriedades do meio.
Não sabemos até que ponto o desvio da luz nas vizinhanças de uma grande massa estelar, previsto por Einstein, pode ser interpretado como mera atração gravitacional, mesmo considerando que a própria gravitação apareça neste modelo com uma nova roupagem. Justifica-se essa atração da luz por uma grande massa estelar a partir da dualidade; entretanto, entendemos ser exatamente esse comportamento dual da luz que está a exigir um reinterpretação do modelo simplificado de atração gravitacional. No modelo do Cristalino, onde a matéria aparece como uma distorção local, na forma de um defeito ou aglomerado destes, o que chamamos de campo gravitacional pode ser entendido sob dois pontos de vista, aliás, concordantes: do ponto de vista do corpo material “ativo”, este atua sobre o meio determinando um campo de força de caráter expansivo; do ponto de vista do corpo material “passivo”, o meio reage determinando ali uma zona de tensão. A matéria não causa, mas se ajusta e se conforma às posições, simetria e movimentos de um meio ordenado. As tensões que se verificam, em si, são de caráter expansivo e há de se esperar que localmente o índice de refração do meio sofra variações em função das tensões locais. Assim, a luz que adentra a zona de influência dessas tensões encontrará um índice de refração diferente daquele encontrado no vácuo absoluto, sofrendo desvio. Isto não é previsto pela hipótese de tratar-se de pura atração gravitacional. Não se pretende aqui invalidar a hipótese da atração gravitacional, mas como descartar a hipótese da refração já defendida em fins da década de 1910? Somente juntas essas hipóteses poderão sustentar o caráter dual da luz na sua variação de velocidade de propagação, seja na direção ou no módulo.
O Modelo de Tensão de Caráter Expansivo – 1a. Parte.

Retrato dos primórdios do nosso sistema solar: pó.
“Courtesy NASA/JPL-Caltech.”
