VI.1 – A Dinâmica do Universo de Defeitos em Cristais
Parte 4 – Equações da Continuidade para Defeitos em Cristais Simples
Para tal estrutura de rede, é necessário somente considerar as equações de defeitos puntiformes na célula primitiva. Enfatizamos que isto é simplesmente uma questão de conveniência e nada mais. Qualquer número de células primitivas, interligadas ou não, poderia ser igualmente bem enfocado, como ficou demonstrado no Capítulo V sobre a Dinâmica de Rede.
As equações da continuidade válidas para vacâncias (lacunas) e intersticiais são:
|
δCv δt |
+ |
divjv |
= |
K-αCiCv |
(92) |
e
|
δCi δt |
+ |
divji |
= |
K-αCiCv |
(93) |
onde Ci e Cv são as frações atômicas de defeitos e ji e jv denotam os respectivos fluxos. A quantidade K é a taxa de produção de defeitos em deslocamentos por átomo por segundo (dpa s-1), e α é o coeficiente de recombinação intrínseco. Somente por simplicidade ignorar-se-á a possibilidade de formação de “loops” de vacâncias.
Das equações (92) e (93) se depreende que se Ci ou Cv são constantes, K é nula e α também, implicando que divji = divjv = 0; isto é, trata-se de um fluxo estacionário, não podendo haver acúmulo de defeitos em nenhum ponto. A rigor, para que se estabeleça um fluxo estacionário, não é preciso que K e α sejam zero; basta para isto que os balanços dados nos segundos membros de (92) e (93) sejam nulos. Isto é o que acontece no estado de equilíbrio térmico.
O Universo de Defeitos em Cristais (Parte 1)
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