“Quanto às minhas próprias e vossas causas e condições anteriores,
eu agora direi: todos vocês, ouçam bem!”.
(CAP. 06: Concessão de Profecias)
“Então, os Reis do Céu Brahma curvaram-se com suas cabeças aos pés do Buda, circundando-o uma centena de milhares de vezes, e espalharam flores celestiais sobre ele. As flores formaram uma pilha tão alta quanto o Monte Sumeru, e eles ofereceram-nas ao Buda bem como à árvore Bodhi, que tinha dez Yojanas de altura. Tendo feito oferecimentos de flores, cada um presenteou o Buda com o seu palácio, dizendo: ‘rogamos que nos mostre compaixão, e beneficie-nos aceitando e ocupando esses palácios que lhe oferecemos’! Então, os Reis do Céu Brahma, diante do Buda, com pensamento único e com as vozes em uníssono, falaram versos em oração, dizendo:
‘Honrado pelo Mundo,
sois muito raro e difícil de encontrar;
perfeitamente dotado com ilimitadas virtudes meritórias,
podeis salvar e proteger todas as criaturas.
Grande Mestre de seres celestiais e humanos,
que sois compassivo com todo o mundo,
todos os seres nas dez direções recebem os vossos benefícios.
Nós que viemos de quinhentas miríades de milhões de terras,
deixamos de lado o regozijo do profundo Samadhi Dhyana,
a fim de fazermos oferecimentos ao Buda.
As bênçãos por nós adquiridas nas vidas passadas ornamentam os nossos palácios.
Oferecemo-los agora ao Honrado pelo Mundo,
suplicando-vos que nos mostre piedade e os aceite’”.
“Naquela ocasião, os Reis do Céu Brahma, tendo rogado ao Buda, disseram: ‘Rogamos apenas que o Honrado pelo Mundo gire a Roda da Lei, salvando os seres viventes, abrindo o caminho para o Nirvana’. Então, todos os Reis do Céu Brahma, com pensamento único e as vozes em uníssono, proclamaram esses versos:
‘Herói do Mundo, Honrado Duplamente Realizado,
imploramos apenas que exponha e proclame a Lei,
e através do poder da sua grande compaixão e piedade,
salve os seres viventes sofredores e atormentados’.
Excerto do CAP. 07: A Parábola da Cidade Fantasma, pág. 154.
