“Quanto às minhas próprias e vossas causas e condições anteriores,
eu agora direi: todos vocês, ouçam bem!”.
(CAP. 06: Concessão de Profecias)
“Após oitenta e quatro mil kalpas terem passado, o Buda Vitória da Sabedoria da Grande Penetração despertou do seu Samadhi, aproximou-se do trono da Lei e serenamente tomou assento. Ele dirigiu-se à grande assembléia, dizendo: ‘Estes dezesseis Bodhisattvas Shramaneras são muito raros. Todas as suas faculdades são apuradas e sua sabedoria é clara. Eles já fizeram oferecimentos no passado a ilimitados milhares de miríades de milhões de Budas. Na presença daqueles Budas, eles constantemente cultivaram a conduta Brahman, aceitando e mantendo a sabedoria do Buda, instruindo seres viventes e fazendo-os adentrá-la. Todos vocês deveriam aproximar-se deles e fazer-lhes oferecimentos. Por quê? Dentre aqueles Ouvintes, Pratyekabudas ou Bodhisattvas que tenham fé na Lei do Sutra pregada por esses dezesseis Bodhisattvas, que aceitarem-na e mantiverem-na sem caluniá-la, todos atingirão o Anuttara-Samyak-Sambodhi; isto é, a sabedoria do Tathagata’”.
O Buda falou aos Monges: “Estes dezesseis Bodhisattvas sempre se deleitam na pregação do Sutra da Flor de Lótus da Lei Maravilhosa. Cada um desses Bodhisattvas converteu seres viventes em número igual a seiscentas miríades de milhões de Nayutas de grãos de areia do rio Ganges que, vida após vida, nasceram juntos com os Bodhisattvas[1] e ouviram a Lei a partir deles, entendendo-a e compreendendo-a completamente. Por esta razão, eles encontraram-se com quarenta bilhões de Budas, Honrados pelo Mundo, e até hoje nunca pararam de fazê-lo”.
[1] Referindo-se aos seres viventes presentes na assembléia e que, conforme os dizeres que seguem, já cumpriram os votos de servir a quarenta bilhões de Budas. A seguir, o Buda Shakyamuni revela-se ser o 16o. filho do Buda Vitória da Sabedoria da Grande Penetração, pregador original do Sutra da Flor de Lótus da Lei Maravilhosa. Deve-se atentar para a relação entre o Buda e os seres viventes presentes na assembléia, pois, no final do capítulo anterior, ele proclama: “Quanto às minhas próprias e vossas causas e condições anteriores, eu agora direi: todos vocês, ouçam bem!”
Excerto do CAP. 07: A Parábola da Cidade Fantasma, pág. 166.
