“Se uma pessoa está preparada para consagrar sua própria vida, por que deverá poupar qualquer outro tesouro pela causa do Budismo? Pelo contrário, se uma pessoa tem pena do seu tesouro, como poderá sacrificar sua própria vida que é muito mais valiosa? É costume da sociedade que uma pessoa deve retribuir ao imenso favor de outra, mesmo ao custo de sua vida. Há realmente muitos – embora pareça serem poucos – que devotam suas vidas aos seus soberanos. Os homens sacrificam-se para salvar suas honras e as mulheres morrem por seus maridos. Os peixes em um lago desejam viver em segurança e, deplorando a sua pouca profundidade, cavam buracos no fundo para se esconderem. Porém, iludidos pela isca, mordem o anzol. Os pássaros em uma árvore têm medo que ela seja muito baixa e escolhem seus ramos superiores para viver. Contudo, cativados pela isca, são apanhados em armadilhas. O mesmo mantém-se verdadeiro com os seres humanos. É geralmente por assuntos seculares insignificantes e raramente pelo importante Budismo que as pessoas sacrificam suas vidas. Daí, somente poucas pessoas podem atingir o Estado de Buda.”
Nitiren Daishonin: “Carta de Sado”, em 1271.
Fonte: As Escrituras de Nitiren Daishonin, Vol. I.