O Rei dos Ventos

“Também, além disso, oh bom homem! Por exemplo, existe um homem que, não encontrando o rei dos ventos, permanece por longo tempo no mar. Ele pensa: ‘Encontrarei minha morte aqui’. Conforme ele pensa isso, ele encontra um vento benevolente e, através dele, atravessa o mar. Ou ele pode pensar: ‘Esse vento é bom. Ele é uma coisa rara. Agora podemos atravessar o mar seguramente, despreocupados com quaisquer dificuldades’. Assim, todos os seres, por longo tempo, vivem sobre o mar do nascimento, da morte e da ignorância; lutando contra a pobreza e as privações, não encontrando ainda um grande vento do Nirvana como este, e pensam: ‘Certamente cairemos nos reinos do inferno, da animalidade e dos espíritos famintos’. Conforme esses seres pensam isso, eles encontram o vento do Sutra Mahayana do Grande Nirvana e, no transcorrer do tempo, alcançam a Iluminação Insuperável e, encontrando a Verdade, concebem um pensamento raro e expressam elogios: ‘Isso é felicidade! Desde há muito eu ainda não havia encontrado ou ouvido sobre esse repositório secreto do Tathagata’. Dessa forma, eles adquirem uma fé pura neste Sutra do Grande Nirvana.”

Excerto do Sutra do Nirvana, CAP. 16: Sobre o Bodhisattva.

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Por muccamargo

Físico, Mestre em Tecnologia Nuclear USP/SP-Brasil, Consultor de Geoprocessamento, Estudioso do Budismo desde 1987.

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