Gostaria de compartilhar aqui um sentimento que tenho guardado há 40 (quarenta) anos. Em 1972, eu tocava contrabaixo numa banda de música jovem em Osasco, chamada “Território Maldito” – que horror, não? Decidimos participar do Festival de Música Popular Brasileira daquele ano na cidade, com uma composição que saiu no último ensaio antes do vencimento do prazo das inscrições, à qual demos o nome de “Fase Magna”. A música era do Walter, o “Boneca”, e a letra foi escrita por mim, Marcos Ubirajara, o “Marcão”. Dizia:
“Tempos difíceis,
preciso ir daqui, contar minha história.
Minha verdade,
será bem mais que a divina fraude.
Maturidade alcancei,
sou coisa, gente, vi e amei;
todas as formas condenei
no éter da mente.
Pelos meus caminhos,
hei de estar tão só
quanto o fio de barba em meu rosto,
ao partir.
Tempos difíceis!”
Qual o sentimento? A música foi uma das mais cantadas do festival. Mas, deram-nos apenas uma “menção honrosa” pelo arranjo inovador. Nosso sentimento foi de injustiça. Meninos pobres, da periferia do que já era periferia de São Paulo, fomos para casa. Mas hoje, e com a mesma força, gostaria de cantar essa canção para vocês como se a tivesse escrito agora, graças a esse sentimento que guardei, à espera do amadurecimento do tempo.
Continua quando um fato relevante suceder.
A História da Tradução do Sutra da Flor de Lótus da Lei Maravilhosa
por Marcos Ubirajara de Carvalho e Camargo.
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