Nenhum fenômeno possui uma natureza própria, que possa ser chamada de ‘eu’. Por quê? Porque eles, os fenômenos, resultam de uma quebra de simetria de uma ordem superior, devida às impurezas. Essa quebra de simetria impõe a discriminação como um aspecto essencial da realidade. Ora, a assim chamada natureza de todos os fenômenos é um produto de relações causais, nada mais, portanto ‘é’; esses fenômenos, pelo aspecto temporário, têm como destino inexorável a sua ‘dissolução’ no Todo-Vazio, portanto ‘não-é’.
Vejamos as imperfeições, ou defeitos, ou falhas em cristais ordinários. E, então, entenderemos o inconcebível Cristal Perfeito, o Todo-Vazio.
O Lótus emerge do lodo da mente de uma pessoa.

Em 18/03/2010.
22:00 hs.
