Os Incessantes Sofrimentos da Vida e da Morte

“Também, além disso, o Bodhisattva medita sobre todos os seres. Afeiçoados com cor, cheiro, paladar e tato, são sempre atormentados ao longo de inumeráveis kalpas. O tamanho dos corpos e ossos que cada ser acumula durante um kalpa é tão imenso quanto o Monte Vipula em Rajagriha; o leite tomado (por cada ser) é tão volumoso quanto às águas dos quatro oceanos. E o sangue derramado é muito mais do que isto. As lágrimas derramadas pelos pais, irmãos, esposa, filhos e parentes no momento da morte é mais que as águas dos quatro oceanos. Poderíamos cortar todas as árvores da terra, fazer palitos de uma polegada e contar os pais (de cada ser), e ainda assim não seríamos capazes de chegar ao fim da contagem. Não é possível contar completamente os sofrimentos passados nos reinos do inferno, da animalidade e dos espíritos famintos. Poderíamos cortar a grande terra em pedaços tão pequemos quanto tâmaras. Ainda assim, os nascimentos e mortes prosseguiriam infinitamente e não poderiam ser contados. O Bodhisattva-Mahasattva medita profundamente sobre os incessantes sofrimentos pelos quais todos os seres passam na vida em razão dos desejos. O Bodhisattva-Mahasattva não perde sua Sabedoria da Mente Desperta em razão dos sofrimentos do nascimento e da morte.”

Excerto do Sutra do Nirvana, CAP. 28 – Sobre o Bodhisattva Rei Altamente-Virtuoso 2.

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Por muccamargo

Físico, Mestre em Tecnologia Nuclear USP/SP-Brasil, Consultor de Geoprocessamento, Estudioso do Budismo desde 1987.

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