“Oh bom homem! O Bodhisattva-Mahasattva pratica a Via do Todo-Maravilhoso Sutra do Grande Nirvana, mas ele não vê o Vazio. Por que não? O Buda e os Bodhisattvas possuem os cinco olhos. Estes não são aquilo que pode ser visto. Somente com o Olho da Sabedoria alguém pode realmente ver. Isto (o Vazio) é o que o Olho da Sabedoria pode ver. Não há coisas a serem vistas. Assim dizemos ‘ver’. Se designarmos tudo o que não é como Vazio, esse Vazio é o real. Como ele é real, há o eterno ‘não-é’. Sendo ‘não-é’, não há Êxtase, Eu ou Pureza.
Oh bom homem! O Vazio é chamado ‘não objeto’. ‘Não objeto’ é o Vazio. Por exemplo, no mundo, quando não há nada, dizemos ‘vazio’. O mesmo é o caso com a natureza do ‘espaço’ [‘akasha’ – isto é, espaço onde uma coisa pode existir e onde não há nada que obstrua a existência]. Como não há nada a possuir [aqui], dizemos ‘vazio’.
Oh bom homem! Ambas, a natureza de todos os seres e aquela do espaço, não possuem uma natureza real. Por que não? Isto é como quando dizemos ‘vazio’ no momento em que acabamos com o que existe. O caso é semelhante. Por outro lado, para dizer a verdade, este espaço não é para fazer nada com ele. Por quê? Porque nada há para existir (nele). Como ele não é ‘é’, deve-se saber que não pode haver fala sobre o ‘não-é’. Se a natureza do espaço fosse algo feito (construído), ele teria de ser não-eterno. Se ele fosse não-eterno, não o chamaríamos espaço.
Oh bom homem! As pessoas do mundo dizem: ‘O espaço não tem cor, nada que obstrua e nenhuma mudança’. O caso é assim. Este é o porquê dizemos que a natureza do espaço é o quinto grande elemento. Oh bom homem! Esse espaço não possui natureza para nomearmos. Sendo um éter, é chamado espaço. E não existe espaço. É como com a verdade secular, a qual realmente não possui uma natureza própria para nomearmos e que assim é dita existir apenas para o benefício dos seres.”
Sutra do Nirvana, Capítulo 31, Sobre o Bodhisattva Rei Altamente-Virtuoso 5.
As Demais Fases da Prática Verdadeira:

Profundo como todo espaço Vazio.
Gracias por postar!
Olá Gislene!
Afinal, não há de quê!
Agradeço-lhe o precioso comentário.
Marcos Ubirajara.