Minha mãe foi ao médico, depois de muita espera. Ao ser atendida, o médico perguntou: “Dona Yolanda, o que a senhora tem?”
Minha mãe, como de costume, começou a relatar eventos passados como mal-estares, correrias para prontos-socorros, etc. Foi bruscamente interrompida pelo médico que lhe disse: “Dona, quem faz o diagnóstico aqui sou eu! Eu quero saber o que a senhora está sentindo agora?”
Veio a resposta lacônica de minha mãe ao grosseiro médico: “Agora, doutor? Nesse momento, não sinto nada!” Levantou-se, foi embora, nunca mais voltou àquele lugar. Dominou a ira. Viveu ainda muitos anos.