A Louvação dos Filhos do Buda

“Quanto às minhas próprias e vossas causas e condições anteriores,
eu agora direi: todos vocês, ouçam bem!”.

(CAP. 06: Concessão de Profecias)

“Antes que aquele Buda deixasse sua casa ele teve dezesseis filhos, o primeiro deles chamava-se Sabedoria Acumulada. Cada um deles possuía uma variedade de finos brinquedos preciosos e incomuns. Quando eles ouviram que seu pai havia atingido o Anuttara-Samyak-Sambodhi, todos eles deixaram de lado aquelas coisas que eles valorizavam e foram de encontro ao Buda, acompanhados por suas chorosas mães. Seu avô, um Rei Sábio Girador de Roda, seguiu juntamente com uma centena de grandes ministros e com centenas de milhares de miríades de milhões de cidadãos circundando-o e acompanhando-o para o Lugar da Iluminação, todos desejando aproximarem-se do Tathagata Vitória da Sabedoria da Grande Penetração, para fazer-lhe oferecimentos, honrá-lo, reverenciá-lo e louvá-lo. Quando eles chegaram, eles curvaram as suas cabeças até seus pés em saudação, e circundando-o, em pensamento único juntaram as palmas das suas mãos, curvando-se em reverência ao Honrado pelo Mundo, e declamaram estes versos:

‘Honrado pelo Mundo,
de grande e magnífica virtude,
em prol da salvação dos seres viventes,
após ilimitados milhões de kalpas,
vós alcançastes o Estado de Buda,
cumprindo todos os vossos votos;
insuperável é a nossa boa sorte.
Sois muito raro, Honrado pelo Mundo,
tendo sentado por longos dez pequenos kalpas,
com o corpo, mãos e pés tranqüilos,
seguros e imóveis.

Vossa mente sempre aquietada,
nunca deu lugar à distração.
Alcançastes a vossa eterna extinção,
residindo solidamente na Lei sem falhas.
Agora que nós vemos o Honrado pelo Mundo serenamente realizar a Via do Buda;
todos nós obtivemos grandes benefícios,
e proclamamos nosso deleite e grande alegria.

Seres viventes, eternamente atormentados pelo sofrimento,
cegos, e sem um guia,
falham em reconhecer o caminho que põe fim àquelas penas,
e não sabem buscar a sua libertação.
Durante a longa noite os maus destinos multiplicam-se,
enquanto as multidões de seres celestiais reduzem-se em número;
vindos da escuridão, eles prosseguem para a escuridão,
nunca ouvindo o nome do Buda.

Agora, o Buda obteve a paz insuperável,
o descanso, a via sem falhas;
e nós, bem como todos os seres celestiais,
para atingir o supremo benefício,
por conseguinte curvamos nossas cabeças
e oferecemos nossas vidas ao Supremamente Honrado’.

Excerto do CAP. 07: A Parábola da Cidade Fantasma, pág. 150.

A Louvação dos Filhos do Buda
Foto de Marcos Ubirajara. Local: sítio da Dôra em 05/04/2008.

Por muccamargo

Físico, Mestre em Tecnologia Nuclear USP/SP-Brasil, Consultor de Geoprocessamento, Estudioso do Budismo desde 1987.

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