A Parábola do Bom Filho

“Também, além disso, oh bom homem! Isto é como o doutor que envida esforços e compartilha conhecimentos médicos básicos com o seu filho, dizendo que este é o remédio-raiz, este é para o sabor, aquele é para a cor etc., assim permitindo que o seu filho se torne familiarizado com as várias propriedades [dos remédios]. O filho presta atenção àquilo que o seu pai diz, esforça-se, aprende e vem a compreender todos os [diferentes] tipos de remédios. Chega o tempo em que seu pai morre. O filho se enternece, chora e diz: ‘o pai ensinou-me dizendo que este é o remédio-raiz, este é a haste, este é a flor e este é a cor’. O mesmo se passa com o Tathagata. No sentido de guiar-nos, ele impõe aos seres muitas restrições. Dessa forma, devemos tentar agir em concordância [com essas restrições] e não contrariá-las. Para aquelas pessoas dos cinco pecados mortais, para aqueles caluniadores do Dharma Maravilhoso, para os icchantikas e para aqueles que podem cometer tais ações (caluniosas) nos dias que virão, ele manifesta-se de acordo. Tudo isso é para os dias após a morte do Buda, para os Monges saberem que estes são pontos importantes nos sutras, estes são os aspectos pesados e leves dos preceitos, estas são as passagens do Abhidharma que são importantes ou não importantes. Isto é para permitir-lhes ser como o filho do doutor.”

Excerto do Sutra do Nirvana, CAP. 15: Sobre a Parábola da Lua.

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Por muccamargo

Físico, Mestre em Tecnologia Nuclear USP/SP-Brasil, Consultor de Geoprocessamento, Estudioso do Budismo desde 1987.

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