Estava na companhia do ‘Seu Paulo’, pessoa amiga que praticava o Budismo comigo em Campinas – São Paulo. Esperávamos um ônibus. De repente, surgiu o ônibus para o exato destino que desejávamos, vazio, com muitos lugares para sentar.
Ao entrar no ônibus, percebi que havia esquecido a bagagem, bem como documentos e outros valores. Fiquei preocupado e falei com o condutor do ônibus. Ele, calmamente, fez uma pequena manobra, parou, e disse: ‘vá buscar as suas coisas, eu espero’. Apoiou-se no volante e começou a conversar com as outras pessoas.
Sai do ônibus e, chegando a um local de grande movimento de pessoas, lá estavam a bagagem, documentos, roupas e outros valores. Havia um blusão de couro. Abri a mala e, calmamente, o guardava quando acordei tranquilo.
Ora, esse sonho continha todos os elementos de um pesadelo, um mau sonho. Por isso, assim pensei: há algo no que chamamos subconsciente, sim. Mas que nem é bom, nem mau. Depende das circunstâncias do sono. Isso aflora num sonho e, dependendo das relações causais do sono, manifesta-se como bom ou mau. Essas relações causais são preocupações, tipo de alimentação, acomodações, conforto, segurança, sensações de frio ou calor, entre outras.
A vida é como um sonho. Não há nenhuma realidade pronta, boa ou má, à nossa espera no futuro próximo ou distante. São as relações causais deste momento que determinarão a qualidade dos dias a vir. Por essa razão, pratica-se o Budismo.
Em 21/05/2010.
05:00 hs.


Sua interpretação e suas conclusões sobre o bonito sonho que você contou são muito, muito esclarecedoras. Gostei muito.
Um abraço.
Dôra