
Ele aproximou-se da árvore. À beira da estrada, ele viu Svastika, o ceifeiro.
“São tenras essas gramas que você está cortando, Svastika. Dê-me um punhado de grama; quero forrar o acento que ocuparei quando atingir a suprema sabedoria. São verdes essas gramas que você está cortando, Svastika. Dê-me um punhado de grama, e você conhecerá a lei algum dia, porque a ensinarei para você, e você poderá ensiná-la aos outros.”
O ceifeiro deu ao Santo oito punhados de grama.
A vida do Buda, tr. para o francês por A. Ferdinand Herold [1922], tr. para o inglês por Paul C. Blum [1927], rev. por Bruno Hare [2007], tr. para português brasileiro por Marcos U. C. Camargo [2011].
Fonte: Sacred-Texts em http://www.sacred-texts.com/bud/lob/index.htm
N.T. A palavra anglicizada é “Swastika”. Na minha interpretação, é uma foice que ceifa os desejos que vicejam nas oito direções, faz oito punhados e os utiliza para forrar o assento da iluminação. Quais são as oito direções? Elas são: inferno, fome, animalidade, ira, tranquilidade, alegria, erudição (Sravaka) e Absorção (Pratyekabuda); as quais correspondem às quatro direções principais e as quatro intermediárias. A nona direção é a do Bodhisattva, o Grande Veículo, no Nadir. E a décima é Buda, no Zenith. Essa roda gira. E, porque gira, cada uma das direções “abrange” todas as outras. Quando gira? Quando se busca a virtude.
Marcos Ubirajara.
em 28/10/2011