O Elefante de Visvantara

O Elefante de Visvantara
O Elefante de Visvantara - clique na imagem para site de origem.

Um magnificente assento havia sido preparado para o Mestre, Ele sentou. Então o céu se abriu, e uma chuva de rosas caiu sobre o parque. A terra e a atmosfera ficaram impregnadas com o perfume. O rei e todos os Shakyas olharam com espanto. E o Mestre falou:

Em alguma existência anterior, eu já havia visto minha família reunida ao meu redor e lhes ouvi cantar louvoures a mim em voz uníssona. Naquele tempo, o Rei Sanjava estava reinando na cidade de Jayatura. O nome da sua consorte era Phusati, e eles tinham Visvantara. Quando atingiu a idade, Visvantara casou-se com Madri, uma princesa de rara beleza. Ela lhe deu dois filhos: um filho, Jalin, e uma filha, Krishnajina. Visvantara possuía um elefante branco que tinha o poder maravilhoso de fazer a chuva cair à vontade. Naquela ocasião, o distante reinado de Kalinga estava sendo visitado por uma terrível seca. A grama secou; as árvores não frutificavam; humanos e animais morriam de fome e sede. O rei de Kalinga ouviu sobre o elefante de Visvantara e sobre o estranho poder que ele possuía. Ele enviou oito brâmanes à Jayatura para pegá-lo e retornar com ele para o seu desafortunado país. Os brâmanes chegaram durante um festival. Montado sobre o elefante, o príncipe estava a caminho do templo para distribuir donativos. Ele viu esses enviados do rei estrangeiro. “O que trouxe vocês aqui”, indagou-lhes. “Meu senhor”, responderam os brâmanes, “nosso reinado, o reinado de Kalinga, tem sido visitado pela seca e pela fome. Seu elefante pode salvar-nos, trazendo-nos a chuva; você se apartaria dele”? “É pouco o que pedem”, disse Visvantara. “Vocês poderiam ter pedido por meus olhos ou minha carne! Sim, peguem o elefante, e que assim possa uma refrescante chuva cair sobre seus campos e sobre seus jardins!” Ele deu o elefante para os brâmanes, e eles alegremente retornaram para Kalinga.

A vida do Buda, tr. para o francês por A. Ferdinand Herold [1922], tr. para o inglês por Paul C. Blum [1927], rev. por Bruno Hare [2007], tr. para português brasileiro por Marcos U. C. Camargo [2011].

Fonte: Sacred-Texts em http://www.sacred-texts.com/bud/lob/index.htm

Por muccamargo

Físico, Mestre em Tecnologia Nuclear USP/SP-Brasil, Consultor de Geoprocessamento, Estudioso do Budismo desde 1987.

Deixar um comentário