O mundo bruto, fenomenológico, é dual por natureza e, também por necessidade, tudo tem o seu oposto. Apenas para exemplificar: certo-errado, feio-bonito, alto-baixo, positivo-negativo, branco-preto, partícula-anti-partícula, elétron-pósitron, sinônimo-antônimo, e uma infinidade de outros pares que existem apenas para explicar uns aos outros, e ninguém desconfia de nada.
Seguindo a lógica existencial da dualidade de todos os fenômenos, pode-se preconizar com toda a segurança a existência de um oposto de ORROZ. Mas, não em qualquer lugar, esse oposto necessariamente dever-se-ia revelar dentro do padrão existencial do próprio ORROZ. Lancemos, então, as hipóteses:
- Chamar-se-ia ORROZA, uma ZORRA, um oposto às avessas;
- Provavelmente viria de uma casta de ‘tecelões’[1].
Com base nessas hipóteses, seu nome mundano seria composto: ORROZA TECELÃ. Todos verão como esse oposto hipotético existe através da sua silhueta, e também dos seus atos. Como? Evoquemos o dual sinônimo-antônimo e, como um operador, apliquemo-lo à palavra intriga[2]. Disto, saberemos o que esperar de ORROZA. Todavia, não serei o relator do seu diário.
[1] Tecedor ou Urdidor: aquele enreda, trama, arma intrigas.
[2] Sinônimo de intriga: alhada, bisbilhotice, cabala, candonga, caraminhola, cilada, cizânia, conjura, conto, ditinho, embrulhada, encrenca, enleada, enredo, falatório, futrica, fuxico, insídia, maquinação, meada, mexerico, novelo, nó, onzenice, tecedura, teia, trama, tramóia, trancinha, trança, trica e urdidura. Antônimo de intriga: correção, dignidade, exatidão, franqueza e honestidade. Fonte: Dicionário Online de Português em http://www.dicio.com.br/intriga/.