O Último OP

Dôra sempre foi, e sempre será, a Dama do Orçamento Participativo de Belo Horizonte – MG, e de qualquer lugar. Por quê? Pela sua capacidade de persuasão, pela sua inigualável experiência na prática da igualdade em todas as dimensões. Os humanos(as), praticam igualdade aqui, e desigualdade ali. É surpreendente como o fazem de forma “natural”. Nesse sentido, Dôra não era “natural”, era irascível com o conceito comum da grande maioria dos seres desse planeta, de uma igualdade somente entre próximos; pois, saltitava no terreiro a cantar com os pássaros em sua infância, e o fez secretamente agora em seu último gesto de coragem, ao recusar a escravização de quem quer que fosse pela manutenção de seu viver. Escolheu partir como os pássaros que partem a todos os momentos em nossas vidas, e sequer percebemos que não mais voltarão. Saberemos entender um dia, quem sabe, como ela partiu assim para dentro de nossos corações, ficando para sempre Dôra, Dôra, aDôrada!

Veja!

Restarão lembranças? Essa é a realidade transcendente. É o agora em nossas vidas. A eternidade reside aqui, não  onde a colocamos, mas exatamente onde não a percebemos.

Por muccamargo

Físico, Mestre em Tecnologia Nuclear USP/SP-Brasil, Consultor de Geoprocessamento, Estudioso do Budismo desde 1987.

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