Kaundinya foi o primeiro dos cinco Monges a aproximar-se do Bem-Aventurado. Ele disse: “Eu ouvi, oh Mestre, e se você considerar-me digno, serei seu discípulo.”
“Você compreendeu-me, Kaundinya?”, indagou o Bem-Aventurado.
“Tenho fé no Buda e gostaria de seguir o Buda”, disse Kaundinya. Gostaria de seguir aquele que tem a sabedoria, aquele que conhece os mundos, que é um Santo; Gostaria de seguir aquele que doma tanto os seres (humanos) quanto doma búfalos selvagens, cujas palavras são atendidas tanto por Deuses quanto por humanos; eu gostaria de seguir aquele que é o Buda Supremo. Eu tenho fé na lei e gostaria de seguir a lei. O Bem-Aventurado a expôs; ela ficou claramente estabelecida; ela leva à salvação, e o sábio deve reconhecer o seu poder benéfico. Gostaria de viver em concordância com os seus preceitos, em concordância com os seus preceitos sagrados, com os seus preceitos que o sábio elogiará.”
“Você compreendeu, Kaundinya”, disse o Bem-Aventurado. “Aproxime-se. A lei está bem pregada. Leve uma vida santa, e acabe com o sofrimento.”
Então Vashpa veio ao Buda para professar a sua fé, e foi seguido por Bradrika, Mahanaman e Asvajit. Naquela ocasião, então, havia seis santos no mundo.
A vida do Buda, tr. para o francês por A. Ferdinand Herold [1922], tr. para o inglês por Paul C. Blum [1927], rev. por Bruno Hare [2007], tr. para português brasileiro por Marcos U. C. Camargo [2011].
Fonte: Sacred-Texts em http://www.sacred-texts.com/bud/lob/index.htm