Então, ORROZ saiu em sua cavalgada diária pelos campos, grotas e chapadas daquele país, a oeste daqui, e que se chama “Ingratidão”. Caía a noite e, tão longe quanto se pode imaginar, ORROZ vislumbrou uma luz tênue que cintilava no horizonte. Pensou para si: estou com sede, e meu alazão também. Deve haver alguém por lá. Saiu em disparada à busca de acolhida por seja lá quem fosse.
Minutos depois, aproximava-se de uma casa humilde, quase choupana, de onde ecoava uma canção festiva, vozes de adultos e crianças, pelo menos quatro, uma família humilde. A canção dizia:
TIM TIM, TIM TIM,
TIM TIM DILMA LÁ !
QUEM NÃO GOSTA DELA
EM QUEM VOTARÁ?
ORROZ ficou horrorizado, furioso e, esquecendo-se da sua própria sede, e a do animal, retirou-se no mesmo trote de volta ao Tribunal da Equanimidade, onde chegou, como de costume, falando mais do que a boca.