ORROZ! Percebemos seu incômodo quando utilizamos a palavra tergiversação. Oh, ORROZ! Aqui, neste Tribunal da Equanimidade, falamos da Boa Lei. O que é tergiversar a Boa Lei?
É arrancar o seu fim (que é a justiça) e colocá-lo como meio (um instrumento de poder); é pegar o seu princípio (de moralidade e correção) e colocá-lo como fim (sentença e punição); e pegar o meio (a arguição) e colocá-lo como princípio ou fundamentação da sua aplicação.
Isto é tergiversar a Boa Lei, pois, sem que se altere as suas letras, condena-se com base em argumentos, e nada mais; ou absolve-se com base em procedimentos, e tudo mais.
Nesse caso, a justiça, cujo papel deveria ser o de amparar a sociedade, apresenta-se como um poder opressor, com relação ao qual se deve nutrir um sentimento de medo. Por que o medo? Porque pequenas leis injustas todos transgridem, e o fazem enquanto a justiça não lhes acolhe.