Belo Horizonte, 16 de janeiro de 2008.
Estimado William,
Estou anexando a esta missiva uma cópia do eBook do futuro livro “Passagens Selecionadas do Sutra de Lótus”. Reverentemente, é para o vosso deleite e benefício, e também das muitas outras pessoas amigas que buscam o caminho, para as quais você poderá enviá-lo desde já. Desfrute da Paz do Dharma!
Estive imensamente atribulado nos últimos tempos. A razão é uma só: o livro do Sutra da Flor de Lótus da Lei Maravilhosa, em sua íntegra, ficará pronto nos próximos dias. Imagine o que isso exigiu de esforços e concentração para obtermos o polimento adequado da Jóia do Sutra de Lótus. Esse trabalho, agora, é a minha vida. Para sempre, e sem descanso, trabalharei para o seu aperfeiçoamento e para a propagação dos ensinos dourados do Buda, em benefício de todos os seres. A propósito, o eBook que estou anexando tem o exato objetivo de conduzir as pessoas às profundas doutrinas do Sutra de Lótus.
Considero-me um discípulo do Grande Mestre Nitiren Daishonin. Suas escrituras e seus muitos ensinamentos me conduziram ao Sutra de Lótus. Se não tivermos em mente que ele, Nitiren Daishonin, utilizou-se dos meios hábeis do Buda para conduzir-nos ao Grande Veículo; o que pensar, então? Com toda a certeza, tudo isso se deu pela graça e benevolência do Buda Shakyamuni, Honrado pelo Mundo. Portanto, se eu puder dar alguma contribuição no trabalho de tradução das escrituras de Nitiren Daishonin, o farei com imensa alegria. Todavia, há que se considerar as minhas limitações.
Entenda! Para fazer esse tipo de tradução, antes que saber inglês, você precisa ser penetrado pela intenção do Buda. Você tem que saber o que está escrito lá, e como deve ser vertido em outro idioma. Essa penetração não se dá ao nosso bel prazer. No caso do Sutra de Lótus, de posse dos originais em inglês, durante um ano, empreendi esforços de leitura, escrita e recitações. Acima de tudo, orava muito, fazia oferecimentos para os volumes dos originais, até que um dia comecei a sentir que sabia o que o Buda dizia. Dai em diante, passei um ano escrevendo e revisando.
Então, a ajuda que posso oferecer, a partir do acesso aos textos originais das escrituras, passa pela minha prática diária. Não poderia fazê-lo atrelado a compromissos de prazos. Você entende né? Mas, vamos estudar as escrituras sim.
Fico muito contente em saber que você, freqüentemente, encontra-se com a minha filha Fernanda. Considero isso um benefício pelo zêlo que sempre tivemos por nossas relações. Respeito-os profundamente, você e sua família, por continuarem a recitar o Nam-Myoho-Rengue-Kyo a despeito dos percalços deste caminho. Lembranças a todos.
Vou publicar essa carta lá no blog, para que outras pessoas possam lê-la. Ok?
Atenciosamente,
Marcos Ubirajara.