Senhor ORROZ! Como já lhe dissera em outra ocasião: ‘um verdadeiro juiz não goza’. Um verdadeiro juiz não se permite expressões de prazer, constrangimento, contrariedade, indignação, surpresa, convicção ou êxtase; porque o fardo de quem julga e destina seus semelhantes à liberdade das ruas, ou ao inferno das prisões, é muito pesado, senhor ORROZ. Que prazer pode haver nisto?
Porquanto sabemos quem foi o seu mestre, quem lhe ensinou o gozo das aparências, as caras e bocas. Foi ‘El Diablo’, aquele que está amarrado lá fora, e que acabou de relinchar novamente. Como sabemos? Aqui, neste Tribunal da Equanimidade, compreendemos a fala de todos os seres. Caso contrário, como poderíamos praticar a equanimidade?