A Cidadela

ORROZ

ORROZ, está para prescrever o crime que foi cometido antes, e que inspirou o já transitado em julgado. Se isto acontecer, ORROZ, o que será de ti?

Oh ORROZ, não se escapa daquela cidadela. É um lugar sem sê-lo, é onde se promiscuem os rebaixados do mundo com suas visões distorcidas, é onde se comprimem os corpos emaciados dos injustos, iníquos, descrentes, fariseus e indolentes; tudo num mesmo lugar que não é lugar algum. Lá, todos os maus odores se misturam, não há luz, resvala-se o tempo todo no que é asqueroso. Ouve-se um borbulhar de águas ferventes subterrâneas, um sentimento de aversão ao passado nos assombra, e nada se vê além de um abismo. Não há escadas para galgar o profundo abismo, ou para descer da vacuidade das alturas alçadas pelas ilusões do Mundo Tríplice. Já estive lá! Sonha-se com a fuga daquele lugar, mas já não há um ‘eu’ que possa escapar.

Este ato encerra-se aqui. Vamos ao outro lado”.

 

 

 

Por muccamargo

Físico, Mestre em Tecnologia Nuclear USP/SP-Brasil, Consultor de Geoprocessamento, Estudioso do Budismo desde 1987.

Deixar um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

%d blogueiros gostam disto: