
Existe uma série de textos influentes atribuídos a Nagarjuna, mas como há muitas pseudoepígrafes atribuídas a ele, há controvérsias sobre quais são seus autênticos trabalhos. O único trabalho que todos os estudiosos concordam que é de Nagarjuna é o Mūlamadhyamakakārikā (Versos Fundamentais sobre o Caminho Médio), que contém a essência do seu pensamento em vinte e sete capítulos.
De acordo com o ponto de vista de Christian Lindtner, os trabalhos escritos por Nagarjuna são:
- Mūlamadhyamaka-kārikā (Versos Fundamentais sobre o Caminho Médio)
- Śūnyatāsaptati (Setenta Versos sobre a Vacuidade)
- Vigrahavyāvartanī (O Fim das Controvérsias)
- Vaidalyaprakaraṇa (Pulverização das Categorias)
- Vyavahārasiddhi (Prova de Convenção)
- Yuktiṣāṣṭika (Sessenta Versos sobre o Raciocínio)
- Catuḥstava (Hino para a Realidade Absoluta)
- Ratnāvalī (Guirlanda Preciosa)
- Pratītyasamutpādahṝdayakārika (Constituintes do Surgimento Dependente)
- Sūtrasamuccaya
- Bodhicittavivaraṇa (Exposição da Mente Iluminada)
- Suhṛllekha (Carta a um Bom Amigo)
- Bodhisaṃbhāra (Requisitos da Iluminação)
Em adição aos citados acima, há muitos outros trabalhos atribuídos a Nagarjuna, e animadas controvérsias sobre quais são autênticos. Em particular, vários trabalhos importantes do Budismo esotérico (mais notavelmente o Pañcakrama ou “Cinco Estágios”) são atribuídos a Nagarjuna e seus discípulos. Pesquisas contemporâneas sugerem que esses trabalhos são datáveis de um período muito posterior na história Budista (fins do século 8 ou início do século 9), mas a tradição da qual eles fazem parte sustenta que eles são trabalho de Madhyamaka Nāgārjuna e sua escola. Historiadores tradicionais (por exemplo, o Tibetano Tāranātha do século 17), consciente das dificuldades cronológicas envolvidas, leva em conta esse anacronismo através de uma variedade de teorias, tais como a propagação de escritos posteriores via revelação mística.
Lindtner considera que o Māhaprajñāparamitopadeśa, um extenso comentário sobre o Grande Prajnaparamita, não seja um trabalho genuíno de Nagarjuna. Esse trabalho é somente atestado numa tradução Chinesa de Kumārajīva. Há muita discussão sobre se essa obra é de Nagarjuna, ou de outro alguém. Étienne Lamotte, que traduziu um terço do trabalho para o Francês, achava que fora o trabalho de um monge da escola Sarvāstivāda do Norte da Índia, e que mais tarde converteu-se para o Mahayana. O monge-erudito Chinês Yin Shun achava que fora o trabalho de um Sul Indiano, e que Nagarjuna muito possivelmente era o autor. De fato, essas duas visões não estão necessariamente em oposição, e o Sul Indiano Nagarjuna bem poderia ter estudado na escola Sarvāstivāda do Norte. Nenhum dos dois acha que foi composto por Kumarajiva, tal como sugerem outros.
[Fonte: Lindtner, C. (1982) Nagarjuniana – Via Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Nagarjuna%5D
Tradução livre para português brasileiro por muccamargo.
gostaria de receber via email o poema carta a um amigo ja que ñ encontrei disponibiliza em nenhum site meu email (joaokgrc@yahoo.com.br)