Bimbisara agradeceu o Mestre pela valiosa lição que ele ensinou ao seu filho. Então ele disse:
“Bem-Aventurado, tenho um pedido a fazer.”
“Fale”, disse o Buda.
“Quando você se for, oh Bem-Aventurado, serei incapaz de prestrar-lhe honra, serei incapaz de fazer-lhe os costumeiros oferecimentos, e isto muito me entristecerá. Dê-me uma mecha dos seus cabelos, dê-me as aparas das suas unhas; eu as colocarei em um templo no meio do meu palácio. Assim, reterei alguma coisa que seja parte de você e, todos os dias, decorarei o templo com guirlandas (de flores) frescas, e queimarei incensos raros.”
O Bem-Aventurado deu ao rei essas coisas pelas quais solicitara, e disse:
“Pegue meus cabelos e essas aparas; coloque-as num templo, mas em sua mente, coloque o que tenho ensinado a você.”
E como Bimbisara alegremente retornou ao seu palácio, o Mestre partiu para Kapilavastu.
A vida do Buda, tr. para o francês por A. Ferdinand Herold [1922], tr. para o inglês por Paul C. Blum [1927], rev. por Bruno Hare [2007], tr. para português brasileiro por Marcos U. C. Camargo [2011].
Fonte: Sacred-Texts em http://www.sacred-texts.com/bud/lob/index.htm