4. O Mahasattva compreende o Grande Princípio. Isto é a compreensão de que uma pessoa é, em si, originalmente um Buda. O principio é Buda; Buda é o principio. O Buda é alguém que já alcançou o Estado de Buda. O Mahasattva compreende que ele próprio ainda não alcançou o Estado de Buda, mas que basicamente o Buda e ele são um, não dois e não diferentes. O cultivo da virtude do Buda é aprefeiçoado, o (cultivo) dos seres viventes não é. Os seres viventes são Budas ainda não-realizados; Budas são seres viventes já realizados. Uma pessoa não deve se tornar confusa sobre isto e professar ser um Buda, dizendo: “Eu sou Buda e o Buda sou eu”. O Buda é um ser vivente que realizou o Estado de Buda; os seres viventes são Budas ainda não realizados.
“Como nós somos originalmente Budas?”
A prajna da marca real não é separada dos corações dos seres viventes. O Buda é o coração (âmago) dos seres viventes. Nosso verdadeiro coração é o Buda. No presente, todavia, não escavamos e descobrimos a nossa própria verdadeira natureza, e usamos um coração de pensamentos falsos para administrar nossos interesses. Por analogia, o coração de pensamentos falsos é como um homem cego, e o verdadeiro coração é como um homem que pode ver.
“Por que nos conduzimos exclusivamente baseados nos falsos pensamentos? Perdemos nosso verdadeiro coração?”
Não, o verdadeiro coração não foi perdido. O Sutra Surangama explica que usamos falsos pensamentos porque “um pensamento não iluminado produz as três marcas penais”. Essas três – a marca do karma, a marca da retribuição e a marca da manifestação – ocluem a verdadeira natureza de tal forma que o precioso repositório do Tathagata não pode ser visto. Quando realmente acreditarmos que somos o Buda e tivermos realmente aperfeiçoadas as marcas da sabedoria e virtude do Tathagata, compreenderemos o Grande Princípio.