Impermanência

“Sempre, desde minha infância, tenho estudado com um pensamento em mente. A vida de um ser humano é pateticamente fugaz. O homem dá seu último suspiro sem esperança de encontrar uma outra existência. Nem mesmo o orvalho levado pelo vento basta para descrever essa transitoriedade. Ninguém, sábio ou tolo, jovem ou idoso, pode escapar da morte. O meu único desejo, portanto, tem sido a resolução deste mistério eterno. De resto, tudo é secundário.”

Nitiren Daishonin: Resposta a Myoho-Ama, em 1278.
As Escrituras de Nitiren Daishonin

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Por muccamargo

Físico, Mestre em Tecnologia Nuclear USP/SP-Brasil, Consultor de Geoprocessamento, Estudioso do Budismo desde 1987.

2 comments

  1. Há quase nove anos no budismo tibetano, a impermanência ainda me desperta interesse. Em 2005, perdi um irmão querido e a única coisa que um irmão de sangha – que por sinal me ajudou muito – dizia era: “Medite na impermanência.” Atordoada e preocupada com meus pais que, já velhinhos, perdiam o segundo filho, não consegui seguir o conselho do amigo. Hoje, passados mais de três anos da morte do meu irmão, tenho-a marcada, como diria o Chico, feito tatuagem. Além de me dar coragem, me dá paciência quando um vizinho coloca uma música alta, discute com a esposa em voz alta, faz uma reforma barulhenta, quando a fila está longa ou o trânsito engarrafado. Tudo passa. Ou, como nos ensinou Chagdud Rinpoche “as liberdades e dotes do nascimento humano são extremamente difíceis de serem conseguidos; todo aquele que nasce é impermanente e fadado a morrer; as ações virtuosas e as prejudicias causam seus resultados inevitáveis; a natureza dos três reinos da existência cíclica é um oceano de sofrimento; lembrando-se disso, possa minha mente voltar-se para o dharma.” De resto, tudo é secundário.

    1. Pois é Pema Lodron! Você diz num post do Inteligência do Lótus já ter perdido a conta de quantas vezes cortou o seu cabelo. É essa tal de impermanência! Abs. Marcos Ubirajara.

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