O Tribunal do Horror

ORROZ, a oeste daqui, num longínquo país chamado “Ingratidão”, existe um tribunal que faz julgamentos em seções públicas, com câmeras da TV aberta a produzirem sensacionalismo em torno do julgado “in situ”, e a invadirem o recinto sagrado da justiça. Aquele tribunal expõe, constrange, escarnece e tripudia réus, vende imagens, trata iguais como diferentes (como… Continuar lendo O Tribunal do Horror

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A Armadilha da Presunção

Percebemos uma ponta de ironia em seu sorriso quando nos referimos ao “Pequeno Tribunal” ao qual você pertence. Senhor ORROZ, este Tribunal da Equanimidade é extragaláctico, é supramundano. Enquanto extragaláctico, é superior na dimensão que sua espécie conhece; enquanto supramundano, evoca uma dimensão que a sua espécie não conhece. Caso contrário, como poderia ser equânime?… Continuar lendo A Armadilha da Presunção

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O Rolê de ORROZ

Certo dia, ORROZ, você saiu de bermuda, camiseta, sandália havaiana, e um bonezinho de time de futebol. Ao dar um rolezinho pelos corredores do Pequeno Tribunal ao qual pertence, não foi reconhecido pelos funcionários, quer fossem os de alto ou de baixo escalão, e nem pelos pares. Passou pela sala de imprensa, onde muitos repórteres… Continuar lendo O Rolê de ORROZ

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O Gozo das Aparências

Senhor ORROZ! Como já lhe dissera em outra ocasião: ‘um verdadeiro juiz não goza’. Um verdadeiro juiz não se permite expressões de prazer, constrangimento, contrariedade, indignação, surpresa, convicção ou êxtase; porque o fardo de quem julga e destina seus semelhantes à liberdade das ruas, ou ao inferno das prisões, é muito pesado, senhor ORROZ. Que… Continuar lendo O Gozo das Aparências

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O Domínio dos Fatos

O alazão de ORROZ chama-se ‘El Diablo’, que em bom português significa ‘O Diabo’. Ele amarrou o Diabo no poste de iluminação pública mais próximo, e adentrou o tribunal cuspindo fogo. Embora nada tivesse visto, mostrava-se indignado, pois ouvira uma canção que dizia: TIM TIM, TIM TIM, TIM TIM DILMA LÁ ! QUEM NÃO GOSTA… Continuar lendo O Domínio dos Fatos

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Pelos Campos do País

Então, ORROZ saiu em sua cavalgada diária pelos campos, grotas e chapadas daquele país, a oeste daqui, e que se chama “Ingratidão”. Caía a noite e, tão longe quanto se pode imaginar, ORROZ vislumbrou uma luz tênue que cintilava no horizonte. Pensou para si: estou com sede, e meu alazão também. Deve haver alguém por… Continuar lendo Pelos Campos do País

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O Direito de Defesa

Não, ORROZ ! Eu não sou a sua consciência[1]. Posso manifestar-me na sua consciência, mas posso manifestar-me na consciência dos outros. Aí está! Quando você aprendeu a acusar, na aula seguinte se discorreu sobre o amplo espaço que se deve abrir para a manifestação da consciência do acusado, o que se chama Amplo Direito de… Continuar lendo O Direito de Defesa

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O Espelho das Verdades Imutáveis

Diga-me ORROZ, o que tanto te apavora neste espelho? Comentou Gilson Fubá. Neste Tribunal da Equanimidade, ORROZ, não há acusações, portanto, não há defesa. Como diante de um espelho, o réu é você, e o juiz é você também, ciente do que consta nos autos[1] das ações perpetradas por você mesmo. Comentou Marcos. [1] É… Continuar lendo O Espelho das Verdades Imutáveis

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Visão Distorcida

Oh, ORROZ! Não diga que apenas a sua visão é correta. Por quê? Porque você não é correto. E o que é a sua Lei, o que é a sua visão, se não forem as coisas que você anda fazendo por aí?

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